quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nem servo de Deus. Nem servo do Diabo

Sempre fui apaixonada por gatos e sempre tive muitos deles; desde criança eu e minhas irmãs dormíamos com os bichanos e os tínhamos como membros da família. Houve um intervalo de tempo que, não sei por que, não tivemos gatos. Mas em 2006, já casada, meu pai apareceu com um filhotinho achado na rua e perguntou se eu queria; olhei para o marido e qual foi minha alegria com sua aprovação, afinal, conviver com gatos não são todos que gostam. Olhei para o bichinho, confirmamos o sexo e de cara escolhi o nome: MARIETA! Logo fomos ao pet shop comprar a ração, potinhos, vermífugo.... Nessa época o marido trabalhava em São Paulo e a Mari foi minha companheira. Quando mudei pra Capital paulista não titubeei em levá-la conosco.
Quando engravidei, um dos meus medos era com relação à toxoplasmose, que segundo muitas pessoas é transmitida pelo gato. Mas minha médica me tranquilizou dizendo que se a gata era vacinada, doméstica, não havia perigo; era mais fácil contrair a doença comendo uma carne mal passada. Mas o receio continuou quando minha filha nasceu, pois temia que ela fosse alérgica, mas nada disso aconteceu.
A Marieta só tem um defeito: é muito brava. Nunca vi um gato que não gosta de afagos, dificilmente ronrona... Todos os dias ela dorme nos meus pés e se eu enconstar nela levo um arranhão. Mesmo assim, eu sou apaixonada por ela e jamais a abandonaria.



Marieta quando foi achada: novembro de 2006. Acho que ela devia ter um mês.




Depois de algum tempo, já dona da casa.




De vez enquando ela é gato



Companheira até quando eu tomo banho.



Mal humorada.



A foto não está muito boa, mas retrata a morada que a Marieta pediu a Deus: a chácara


A Marieta me faz lembrar de Lygia Fagundes Telles no conto "Os Gatos", uma assumida apaixonada por gatos que define bem como são esses bichinhos, adorados por um e nem tanto por outros.

Ele fixaria em Deus aquele olhar de esmeralda diluída, uma leve poeira de ouro no fundo. E não obedeceria porque gato não obedece. Às vezes,quando a ordem coincide com sua vontade, ele atende mas sem a instintiva humildade do cachorro, o gato não é humilde, traz viva a memória da liberdade sem coleira. Despreza o poder porque despreza a servidão. Nem servo de Deus. Nem servo do Diabo. (...)


2 comentários :

  1. E foi criada só na base de Wiskas, é um VL com status de raça.
    É um felino espetacular.

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  2. Ela está linda.
    O blog tbém .....
    Parabéns.

    Bjo

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