sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lixo, lixo e mais lixo

Todo processo de modernidade traz consigo muitos problemas. Antes, comprávamos refrigerante em garrafas de vidro retornáveis, o lixo era todo colocado em um tambor, despejado no caminhão de lixo e reutilizado, os sacos de compras do supermercado eram de papel... Claro que não vou dizer que a modificação disso tudo não trouxe progresso ou facilidades, mas o problema está em como lidamos com essas facilidades, principalmente o lixo gerado por essas transformações.
A consciência de descartar corretamente o lixo, gerado aos montantes, independe de classe social; o Homem se preocupou tanto em se desenvolver nas áreas biológicas e exatas, mas esqueceu seu lado humano, ou seja, entra num carro de última geração, com freios ABS, com GPS, no entanto, joga a lata de refrigerante pela janela demonstrando sua incivilidade.
Hoje, o problema do lixo é mundial, ainda bem que muitas pessoas já se conscientizaram e começaram a tomar atitudes para tentar solucionar esse mal.
Há alguns dias meu marido fez alguns posts sobre como lidamos com esse problema aqui em casa; ter a consciência pode ser fácil, mas ter a atitude e o recurso é muito difícil, por isso, fazemos o possível para reciclar, fazer compostagem, diminuir o consumo de sacolas plásticas... mas o que vemos ao nosso redor muitas vezes nos desanima.
Moramos numa cidade belíssima, mas, aqui, o descaso com lixo representa muito bem a realidade nacional onde nossos "nobres" estão em total inércia. Claro que moramos na periferia, onde o descaso é maior ainda, não temos sequer o recolhimento de lixo reciclável e por isso somos obrigados a levar o nosso para um lugar apropriado.
Perto de nossa casa há um fundo de vale que se transformou em um lixão; é comum vir algum trator da prefeitura e apenas organizar melhor o lixo em montes, afinal, de que adianta retirar se no dia seguinte já haverá outra montanha?!!! Se não houver lugares próprios para descarte vai continuar assim.
Recentemente, até saiu no blog do Ângelo Rigon um comentário sobre essa área próxima aqui de casa; http://www.angelorigon.com.br/?p=28962  e http://www.angelorigon.com.br/?p=28983
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As fotos a seguir foram tiradas pelo marido antes de a área ser cercada; repare o buraco aberto pela prefeitura para aterrar o lixo e também para a placa avisando que é proibido jogar lixo e entulho sob pena de ser multado.




Aqui a área já está cercada, mas o problema continua

É ótimo as pessoas terem a oportunidade de adquirirem produtos de todo gênero, mas é uma pena não saberem o que fazer com aquilo que não lhes serve mais, ou pior, quererem dar um destino correto, mas não poderem, já que não há recursos para isso.

Um comentário :

  1. E no fim do ano, quando chega o décimo terceiro salário, se inicia o festival de sofás, é impresionante a quantidade de sofás velhos abandonados nesta região, ao longo da rua Rio São Francisco e no lixão que fica final da mesma (este das fotos).
    E não se trata somente de sofás e outros móveis, mas tambêm restos de reformas, sucata de oficina de eletronicos, tapeçarias e bicicletarias e outros tantos ítens que seria necessário um sistema para enumerá-los.
    O grande problema é que o lixo que te incomoda pode ser jogado em qualquer lugar, desde que seja longe dos seus olhos, e a rua que dá acesso à nossa casa as vezes é vítima deste tipo de ataque, a poucas semanas descartaram o cadáver de um cachorro de grande porte por lá.
    Mas acho sempre válido vasculhar o lixo á procura de informações que possam lavar ao autor do crime, como por exemplo o endereço impresso em um envelope, um nome ou telefone em um papel de anotação ou identificando um objeto, e quando for possível identificar o criminoso, farei questão de lhe retribuir à altura.

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