sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cheio de histórias

Minha mãe nunca foi de se "apegar" a objetos de casa como móveis, louças... e durante muitos anos eu e minhas irmãs também tratávamos esses objetos como descartáveis. Mas ainda bem que nós, filhas, resolvemos valorizar a história de nossa família e, consequentemente, de nós mesmas presente dentro de casa. Cada uma guarda um pouco do passado, principalmente o passado de nossos pais e avós maternos.
Tenho louças que minha mãe ganhou quando casou há 42 anos e um guarda-comida que era de minha vó.
Olha o que sobrou de dois jogos de chá!






Essas louças estão no tal guarda-comida que ainda estou reformando; faltam os vidros.
E estou amando essa moda vintage das toalhinhas de crochê; essas da foto já as tinha há uns 20 anos, mas recentemente saíram do fundo do armário (depois mostro outras que tenho).

Quero muito que tudo isso seja um dia de minha filha, para que ela guarde um pouco da história dos pais, avós e bisos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Formando cidadãos

Acho que não disse ainda, mas sou professora de Português do Ensino Fundamental II e Médio da rede particular. Hoje, tive a oportunidade, e a profissão me ajuda nisso, de provocar em meus alunos uma tentativa de fazermos um mundo com uma melhor consciência ambiental. Trabalhamos com vídeo, imagens e textos que mostram que se não houver uma mudança de atitude, vamos logo logo viver em um mundo insustentável.
Falamos muito sobre o lixo e é difícil ouvir algo como "eu jogo mesmo lixo pela janela do carro, pois sei que logo alguém vai lá catar e se eu não jogar, os garis vão ficar sem emprego!" Minha nossa! Mas ainda bem que a maioria não pensa assim.
Dizíamos que a mudança, primeiramente, deve ocorrer dentro de nossas casas: economizando água, descartando o lixo de forma correta, mas o problema maior foi a constatação de não termos soluções viáveis para agirmos corretamente, ou seja, reciclo meu lixo, mas não tenho onde descartá-lo; não quero jogar meu móvel velho num terreno baldio, mas não sei onde posso deixá-lo; e minha pilha, minha lâmpada velhas? o que fazer?????
É fato que precisamos mudar nossas atitudes, mas também precisamos de meios para isso, então é de extrema importância que população e governo caminhem juntos, caso contrário o impacto será irreversível e o pior é que essa discussão já dura décadas, então até quando ficaremos no blá-blá-blá e não agiremos de forma coletiva, radical e sistêmica?

Atualizando: ontem tiraram a montanha de lixo formada aqui perto de casa; até agora ninguém tinha jogado nada, no entanto, outro lixão vem se formando em uma área próxima, bem ao lado do rio.
Ah, sábado vimos um rapaz com sua pickup jogando lixo área mostrada aqui no blog http://chacaradaspedras.blogspot.com/2011/01/lixo-lixo-e-mais-lixo meu marido disse a ele "por que você não joga isso ao lado de sua casa?" e o rapaz apontou a montanha de lixo, algo como: você implica comigo diante de tudo isso! uma lástima.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Epa, já acabou!

Nunca gostei de jogar frutas e verduras fora, acho o cúpulo do desperdício e da ignorância, mas às vezes é inevitável uma batata apodrecer, uma cenoura brotar dentro da geladeira ou uma fruta estragar, só que fazemos o possível para que isso seja raro.
Nessa semana, tinha duas maçãs dando sopa na geladeira já há algum tempo, então resolvi aproveitá-las para fazer um bolo, pois para comer elas já não estavam tão boas - não vivo sem maçã! como uma por dia.

Aqui vai a receita:

Bolo de maçã
1 1/3 de xícara de óleo (usei uma xícara)
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de canela em pó
1 colher (sobremesa) de bicarbonato de sódio
1 colher (sobremesa) de sal
1 1/2 xícara de açúcar (usei o mascavo)
3 ovos
4 maças (usei duas (gala)
1 colher (sopa) de essência de baunilha.

Bata os ovos com o óleo e o açúcar. Acrescente os secos peneirados e a maçã picadinha. Acabei colocando uvas passas e uma colher de chocolate em pó para que o bolo ficasse mais escurinho.
Assei em forma untada e enfarinhada por +_ uns 30 m.




E o resultado final:



Ficou tão bom que acabou no mesmo dia, apesar que mandei um pouco para minha irmã e para meus pais.

Eu já tinha a receita de um bolo de açúcar mascavo bem parecido, mas essa receita achei no

http://traineedecozinheira.blogspot.com/2011/02/bolo-de-maca.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Huck

Ainda falando em cachorros, hoje apresento o Huck, o mais velho da matilha. Ele foi dado a minha irmã pelo então marido; sabe aquela história de recém-casados que querem esperar um pouco para ter filho e arranjam um bichinho de estimação? pois é.... Naquela época eles moravam em apto e o Huck tinha apenas uma ou duas saidinhas por dia, tinha cama própria, escova e pasta de dente, shampoo... mas depois que veio para a chácara deixou as frescurisses de lado e se tornou cachorro de verdade. De todos, é o único de raça (pinscher), o resto é tudo (srd - sem raça definida) - nasceu em 1999, ou seja vai completar 12 anos!
Aqui vão duas fotos dele; a primeira tirada em 2004 e a segunda há pouco tempo - reparem que na foto atual ele está sem alguns dentes e com muitos pelos brancos.



Essas fotos do Huck me lembraram o lindíssimo poema "Retrato" de Cecília Meireles

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?"

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Lana

Aqui na chácara temos 9 cachorros; isso mesmo! 9! cada um tem uma história de como chegou até aqui, mas a maioria foi achada na rua. Prometemos que paramos aqui, afinal, cuidar de toda essa cachorrada, mais os 5 gatos, mais uma galinha d´angola, dá um trabalhão....
Hoje apresento a Lana, uma bebezona de 2 anos que foi abandonada no portão e colocada para dentro pelo meu cunhado.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Alma de gato (Piaya cyana)

Minha cunhada mora na chácara há um bom tempo, e baixando as fotos de sua máquina encontrei estas deste pássaro, trata-se da Alma de Gato (ainda conhecida como rabilonga , chincoã, tinguaçu e rabo-de-escrivão, meia-pataca, crocoió, alma-de-caboclo, atingaú, tincoã e rabo-de-palha), ela tem este nome por que seu canto se assemelha ao miado de um gato.
As pesquisas que fiz referem-se a ela como uma ave comum, mas faz muito tempo que não vejo uma pessoalmente.




sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fundo de Vale

Como diria o advogado Joe Miller do filme Philadelphia: "Me explique como se eu tivesse cinco anos".
Se aqui na chácara temos que manter uma faixa de 30 metros para proteção da mata ciliar do córrego (ainda não descobri o seu nome) que passa no fundo dela, isso deve significar que há alguma preocupação com este córrego pela sua importância em sua contribuição à bacia do rio Pirapó, assim como o córrego Ozório que se encontra com ele logo abaixo, e ao Morangueiro logo adiante.
Mas o que vejo?
Vejo o lixão da rua Rio São Francisco (mostrado em: http://chacaradaspedras.blogspot.com/2011/01/lixo-lixo-e-mais-lixo.html) que fica a 30 metro de sua margem.


Vejo o "ladrão" do sistema de esgoto sanitário que fica à mesma distância e em TODAS as chuvas escoa sua "água" para o referido córrego.


E vejo principalmente os "haras" que se formam onde deveria ter mata ciliar em toda a extensão destes cursos d'água, e devido a ação dos animais, em alguns trechos esta mata ciliar simplesmente não existe.

Há uma estrada de terra que liga a estrada Guaipó ao Duzentão e que passa sobre o córrego Morangueiro, neste ponto o cheiro e o visual são identicos aos do rio Pinheiros em São Paulo (só quem conhece sabe do que estou falando), e sempre lembrando que isto tudo é a bacia do rio Pirapó (esse da água da torneira e do chuveiro).
Eu não posso por minhas próprias mãos impedir que se deposite o lixo, arrancar as cercas e retirar os animais, e ainda soldar e lacar a tampa de esgoto pois há uma estrutura legítima para fazê-lo, o poder público.
Então me explique, onde está o poder público que não se atenta a isto tudo? Qual é o órgão público que deveria estar atento a isto tudo?
Esta experiência na periferia tem me mostrado que realmente há cidadãos de segunda categoria, que não merecem a atenção do poder público e que só são lembrados de quatro em quatro anos, e que há tanbém um meio ambiente de segunda categoria que não é lembrado nunca.
Na região central está tudo muito bem...

Sim, nós temos bananas II

Como disse há algum tempo, estamos colhendo muita banana nanica e nessa semana aproveitei para fazer um bolo, cuja receita encontrei no http://www.quitandoca.com/2011/01/bolo-ou-torta-de-banana.html. Utilizei umas 7 bananas, mas ainda me faltam receitas para utilizar essa fruta deliciosa, já que não estamos dando conta de apenas come-la; gostaria muito de saber fazer bananas secas, mas não tenho receita e, pelo que ouvi dizer, é bem trabalhoso, no entanto, se alguém souber, me ensine.

Segue a receita do bolo

100 gr. de manteiga
1 xícara de açúcar
4 ovos (claras em neve)
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1/2 xícara de leite
bananas q/b
açúcar e canela para polvilhar

Bata as gemas, a margarina e o açúcar até formar um creme. Acrescente a farinha, o leite e por fim as claras em neve já com o fermento. Despeje na assadeira untada e enfarinhada, coloque as bananas, polvilhe açúcar com canela e leve para assar em forno pré-aquecido.


Ficou muito bom!




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Frutas cristalizadas - goiaba.

Para quem não sabe o César também tem intimidade com a cozinha, então vamos à minha primeira dica.
Não sei por que, mas costumo acordar cedo no domingo, a prova é esta receita que eu vi no programa Caminhos do Campo da RPCTV que começa as sete da manhã, segue o link: (Ops! A reportagem foi retirada do site)
http://www.rpctv.com.br/caminhos-do-campo-tv/2010/12/aprenda-a-preparar-frutas-cristalizadas-para-as-festas-de-fim-de-ano/
Sábado eu colhi, cortei e limpei muitas goiabas, pois a Tica queria fazer goiabada, mas como ela "fez doce" e não fez o doce, eu resolvi testar a receita do programa.
Como era um teste eu fiz uma receita pequena, e um detalhe, os pedaços realmente precisam ser grossos, pois os cantos finos endurecem um pouco com o cozimento, e não pode deixar a calda engrossar muito, senão ela não escorre e fica uma camada muito grossa de açúcar.

Como retiram a reportagem, então a receita é assim:
- 1 Kg de goiabas vermelhas descascadas e sem sementes cortadas grandes (em 3 partes por exemplo).
- 1 Kg de açúcar cristal.
Se quiser pode deixar os pedaços em água com bicarbonato por uma hora para dar uma "firmada", depois é só lavar.
Atenção: não mexa o os pedaços de fruta em momento algum, pois eles podem desmanchar e o doce vira uma pasta, o segredo para ficar inteiro é não mexer nos três dias de preparo.
A fervura do açúcar levanta uma espuma que pode transbordar à panela, tem que ficar muito atento, principalmente no segundo e terceiro dia.
Coloque as goiabas na panela com o açúcar de deixe ferver em fogo médio por 40 minutos, desligue o fogo e tampe.
No dia seguinte ferva em fogo médio por mais 40 minutos, desligue e tampe novamente.
No terceiro dia, ferva em fogo médio por mais 40 minutos e observe que a calda começa a engrossar, não deixe engrossar muito, e observe que começa a formar uma crosta mais dura (igual doce de mamão em pedaços).
Deixe esfriar e escorra a calda (eu coloquei em uma peneira) depois polvilhe com açúcar.

A calda de goiaba que fica na panela fica gostosa também, eu guardei um pouco para comer com sorvete.

Esse de goiaba ficou muito gostoso, os próximos vou fazer com mamão, figo e carambola.
Seguem as fotos:



Minha dengue, sua dengue, nossa dengue.

Há algumas semanas recebemos a visita dos agentes que combatem a dengue, nossa avaliação foi excelente graças o esforço de todos, estamos o tempo todo de olho em possíveis criadouros e eliminamos imediatamente, porém, não posso saber como andam as coisas em meus vizinhos, pois se eles tivessem o mesmo empenho que nós, isto não teria acontecido:



Esta coisa branca é meu calcanhar, fui atacado durante o cerco aos beija-flores no fim da tarde, trata-se do famigerado aedes aegypti (o odioso do Egito), o nosso amigo de sempre, o mosquito da dengue.
Quando eu digo meus vizinhos não posso precisar se são os contíguos, ou até que ponto este mosquito se desloca a partir do seu local de origem, mas uma coisa é certa, apesar de todo o empenho eu posso estar infectado neste momento graças à negligência de alguns.
Pode ser que venham do lixão da Rio São Francisco (comentado em: http://chacaradaspedras.blogspot.com/2011/01/lixo-lixo-e-mais-lixo.html ) pois lá existem vários recipientes que podem acumular água da chuva e sendo assim, parabéns aos colaboradores do lixão pelo excelente trabalho limpando suas casas e mais uma vez, transferindo o seu problema para a porta da casa dos outros.
Eu queria poder dizer que este tipo de atitude seria por ignorância, mas chego a conclusão que é falta de vergonha na cara mesmo, pois será que atualmente alguém possa ser ignorante sobre a dengue?

Cada vez mais concordo com Thomas Hobbes, pois realmente, o homem é o lobo do homem.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Beija-flor, colibri ou Cuitelo

"Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia 
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta

Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai..."
Cuitelinho - Paulo Vanzolini / Antônio Xandó

Este é um trecho de uma das canções mais bonitas de nossa música popular; quem tiver curiosidade pode conferir no link abaixo. A interpretação é de Pena Branca e Xavantinho, é lindo.
http://letras.terra.com.br/pena-branca-e-xavantinho/48101/

Sempre tive admiração pelos beija-flores, são aves espetaculares pelo seu diminuto tamanho, pelas cores de sua plumagem e principalmente pela precisão de seu voo e sempre que tenho oportunidade eu mantenho um bebedouro para poder observá-los mais de perto.
Sempre utilizei açúcar, mas é muito trabalhoso, tem que trocar o líquido e limpar o bebedouro todos os dias, pois os bichinhos são muito sensíveis a doenças que podem ser transmitidas entres eles, aos fungos que podem surgir do contato de insetos com o bebedouro (verificar se forma uma crosta negra sobre as flores) ou com a fermentação do açúcar, além do mais, as formigas e abelhas disputam o alimento com os pássaros. Para lidar com as formigas é fácil, todos os dias eu troco o bebedouro de lugar e assim elas dificilmente o acham, mas com as abelhas é mais complicado, não há o que fazer, quando elas encontram o bebedouro tenho que suspender a alimentação por alguns dias, até elas perderem a referência.
Agora estou utilizando um néctar solúvel específico para a alimentação de beija-flores que é vendido em lojas de animais; depois de diluído ele se torna um líquido rosa e pode durar até cinco dias, pois não fermenta, além de ser exatamente o alimento do beija-flor, e os bichinhos gostam, tanto que o bebedouro se esvazia em três dias no máximo.
O vendedor garantiu que o néctar não atrai as abelhas e, por enquanto, isto vem se confirmando.

 

O pote de néctar de 150 g custa R$ 10,00 e deve durar um mês para um bebedouro de cerca de 280 ml.
Quando noto que os pássaros estão preferindo o bebedouro às flores eu alterno em dias o fornecimento do alimento por algum tempo, pois além de serem importantes polinizadores, o consumo do néctar natural possibilita a complementação de minerais outras substancias importantes em sua dieta.
O bebedouro é uma boa opção de complementação alimentar para os beija-flores em época de escassez de flores.
Há tantas espécies de beija-flores que é quase impossível se familiarizar com todos que vêm visitar o bebedouro, mas há alguns que são certos e aparecem a todo o momento.

Esse baixinho chegou primeiro e não deixava ninguêm se aproximar.

 


Mas depois esse grandão chegou para reestabelecer a democracia.


O bebedouro recebe também a visita de cambacicas,  são um pouco maiores que uma curruíra e se parecem com uma miniatura de bem-te-vi (foto da internet).


Obs.: como é difícil fotografar estes passarinhos (os beija-flores), é igual pescar, um exercício de paciência, obrigado à Marcilene e ao Fred que emprestaram a máquina e ensinaram a utilizar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata)

No início eu fiquei meio cismado com esta planta pela quantidade de espinhos que possui; é espinho no caule, nos ramos e nas flores, mas o resultado final agradou; sua florada é espetacular,  porém as flores duram apenas um dia.
Trata-se de um cacto trepadeira com folhas, seu nome vem do latim e significa "rogai por nós", também conhecida por Trepadeira-limão , Groselha-de-barbados  ou Cacto-trepadeira.
Dizem que suas folhas são comestíveis, assim como suas flores, e já que ela é a mãe da criança, estamos esperando a Márcia fazer a degustação para podermos experimentar também, pois se algo der errado, que seja com ela...
Segue o espetáculo:

 



Olha o naipe dos espinhos do caule:


Ficou tão bonito que o conselho de notáveis do blog a escolheu para enfeitar as colunas laterais do mesmo.